NFL: A franquia america que encanta os brasileiros
- Podium
- 30 de nov. de 2018
- 3 min de leitura
Autor(a): Igor Fonseca
O futebol americano já pode ser considerado um sucesso completo no Brasil. Na NFL, são 32 times, também conhecidos como franquias, que atraem os nativos. Em 2015, 4 milhões de pessoas assistiram a temporada da NFL em 2015, só no canal da ESPN. Sem incluir o evento do Super Bowl, este é um caso quase que a parte da temporada inteira. Pois, além de atrair os fãs da NFL, ele atrai pessoas que vão assistir os famosos ‘show do intervalo’, que acontece há mais de 50 anos e já recebeu artistas como Madonna, U2, Justin Timberlake, Paul McCartney, Beyoncé, ColdPlay e Lady Gaga.
O Super Bowl, nesse caso, é um evento enorme não só no Brasil, claro. Em 2018, 170 milhões de pessoas assistiram ao evento no mundo inteiro. Segundo a ESPN, a média de tempo que os torcedores ficaram no canal foi acima de 100 minutos, crescimento de 14% em relação a 2017. Com isso, o Brasil já se tornou o 2º maior mercado da NFL fora dos Estados Unidos, atrás apenas do México.
PRIMEIRO CONTATO
Uma dificuldade encontrada por algumas pessoas para começar a acompanhar o Futebol Americano ou a NFL, em específico, é a complexidade das regras. Pois são muito específicas. “Até hoje, mesmo quando assisto com meus amigos, tem algumas regras que a gente não sabe. Isso levando em consideração que eu já assisto há muito tempo”, comentou Everton Vasconcelos. “É normal. Pois são muitas regras, mas nada que impeça de entender o jogo completamente”, completou o estudante de Ciência da Computação.
Para o jornalista Heitor Barros, não foi amor à primeira vista. “No começo eu não me interessava tanto. Tinha uma visão de que era apenas violência e se limitava ao contato”, explica. “Lembro que tinha um jogo no Playstation 2… que não recordo o nome, que eu comecei a jogar e achei mais confuso ainda, o que me afastou ainda mais”, contou. Mesmo após idas e vindas, uma hora o Futebol Americano ganhou sua atenção. “Tenho a lembrança de um dia perto da época do Natal. Que não tinha nada passando na TV além de uma reprise de um jogo. E o primeiro lance foi um touchdown de 90 jardas de um jogador chamado Vitor Cruz. A partir daí, entendi que o jogo era muito mais que a violência”, explicou Heitor.
Já Mário Fontes foi ‘vítima’ da febre do Super Bowl. “Comecei a acompanhar em 2011, no Super Bowl entre Green Bay Packers e Steelers. Na época, eu gostava muito de assistir vários esportes. E, apesar de não entender muito sobre o Futebol Americano, eu achei interessante”, conta o estudante de Jornalismo.
CRIANDO A PAIXÃO
Heitor só veio perceber a influência que o futebol americano tinha nele em 2012, através de uma decepção que o esporte lhe proporcionou. “O Seattle Seahawks perdeu nos playoffs para o Atlanta Falcons e, naquela partida, eu senti a decepção e a tristeza pelo resultado. Até pela forma como se aconteceu, um field goal no último segundo de partida”, conta. “E isso influenciou minha escolha de destino para o meu intercâmbio em 2013,quando fui para Seattle, nos Estados Unidos”, completou o torcedor do Seattle.
Enquanto Everton foi influenciado por um amigo. “O começo foi engraçado. Porque um amigo meu tinha gostado de assistir e ficava me falando o tempo todo. Então decidi acompanhar também e, para brincar com ele, virei torcedor do time rival dele”, contou o estudante.
LAÇOS DE AMIZADE

“Conheci pessoas que, hoje, são grandes amigos meus através do esporte. Tenho grupo com eles no Whatsapp e nos reunimos várias vezes para assistir jogos juntos”, contou Heitor.
Para Everton, não é diferente. “Acho que cerca de 90% dos meus amigos hoje, eu conheci através do futebol americano. Seja em grupos do Whatsapp, Facebook, etc. Meu circulo de amigos eu conheci através do futebol americano”, relatou.
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