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REPORTAGENS

As dificuldades para se tonar um atleta profissional

  • Foto do escritor: Podium
    Podium
  • 17 de nov. de 2018
  • 3 min de leitura

Atualizado: 19 de nov. de 2018

Por Isabelle Barbosa e Julianne Mendonça

O sonho de muitas crianças é se tornar profissional do esporte, a grande maioria quer ser jogador de futebol. A fama, o sucesso e a vontade de defender o país com a camisa verde e amarela está na cabeça de muitos garotos e garotas mas, além disso, ser reconhecido por algo que gosta de fazer é satisfatório e passa a ser a meta de muitos.

Infelizmente, o caminho até o topo pode ser conturbado para alguns jovens, e muitos fatores podem impedir a ascensão ao ‘título’ de atleta profissional. Victor Spinelli (20), enfrentou muito preconceito por ser do Nordeste e desistiu de ser jogador profissional de handebol. Spinelli conheceu o esporte através dos amigos, aos 12 anos, e o que parecia apenas diversão começou a ficar mais sério. Em pouco menos de dois anos, quando já era um dos jogadores principais do time que treinava, foi convocado para a Seleção Pernambucana de Handebol. “Com o meu desenvolvimento dentro da quadra, acabei jogando contra pessoas mais velhas, isso ajudou muito no meu desempenho e também porque entendi que praticar um esporte é muito mais do que apenas o exercício, requer muita disciplina, respeito ao próximo e trabalho em equipe”, conta.

O destaque dentro da Seleção Pernambucana ajudou Victor a alcançar voos mais altos e chegar na Seleção Brasileira, onde iria disputar uma vaga no time principal com outras 150 crianças. “Era uma oportunidade única, não podia deixar passar mas, para a gente do Norte/Nordeste, é muito mais difícil. Muitos jogadores não tinham condições de bancar viagens caras para outros Estados”, relata o ex-jogador. A partir desse momento, uma série de dificuldades atingiram Victor, que era chamado de “Pernambuco” e muitas vezes menosprezado por ser da Região Nordeste.

As “brincadeiras” xenofóbicas, os gastos com passagens e problemas de saúde obrigaram Victor a desistir de jogar. “Tive uma fratura no joelho direito, o que já me prejudicou aos olhos dos técnicos. Fora isso, também tinha o fato de que o time continuava a avançar de fase e cada vez mais treinos eram marcados, era impossível para mim, que moro em Pernambuco ir todo final de semana para Santa Catarina”, explica.

Em 2013, Victor se despediu de vez da seleção, mas continuou jogando handebol no time da escola em que estudava. Em 2015, disputou a final do Campeonato Brasileiro e colecionou diversos títulos. Com o fim do Ensino Médio, Spinelli desistiu do handebol para se dedicar à faculdade. “Hoje vejo tudo isso como parte muito importante da construção da minha personalidade e da pessoa que sou hoje”, afirma o universitário.

Diferentemente de Victor, Pedro Henrique Amorim está colhendo os frutos da sua carreira iniciante no basquete. Ele tem apenas 13 anos e foi descoberto na quadra da escola durante uma partida de futsal. A altura de 1,87m chamou a atenção do treinador de basquete. “Fui selecionado para um teste no Sport por conta da minha altura e desenvoltura”, explica Pedro.

Em pouco menos de dois anos, já recebeu prêmios em diversos campeonatos que participou como melhor jogador na sua posição. O garoto é destaque no Sport Clube do Recife e no time do Salesiano, escola onde ganhou uma bolsa de estudos devido a sua desenvoltura e, assim como Victor, enfrenta jogadores mais velhos. “O que Pedro faz é surreal. A paixão com que ele joga e como ele se dedica dentro do jogo é impressionante”, elogia Guilherme Negreiros, técnico de basquete do Sport.

Conheça mais sobre a história de Pedro na entrevista a seguir:




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