Esportes Radicais: Medos e Conquista
- Podium
- 29 de nov. de 2018
- 3 min de leitura
O desafio de se jogar nas aventuras é uma prática comum na vida de milhares de pessoas e apresenta uma série de benefícios.

Autor(a): Antonio Diniz e Gabriela Passos
Curiosidade, medo e adrenalina são os principais fatores que influenciam a busca pela prática de esportes radicais. A execução das atividades, na maioria das vezes, está associada ao desejo de ultrapassar limites e vencer barreiras, emoções proporcionadas pelo esporte. Muitos se aventuram pela fuga da área urbana para ter a sensação de liberdade a partir da relação com a natureza. Afinal, praticar um esporte radical é estar em contato direto com o mundo, nas alturas, em queda livre ou em alta velocidade.
Para João Borges, instrutor do Ação Vertical (empresa voltada para aventura e lazer), o medo e a incerteza, apesar de serem sentimentos de insegurança, são o que impulsionam a prática, pois geram uma sensação de superação após vencer o desafio. “Se não tivesse medo, não teria graça. O interessante disso tudo é você ir, sentir e ultrapassar aquele medo e, no final, saber que estava com aquela sensação ruim e pôde transformar esse sentimento numa coisa boa”, explica.
A dificuldade provocada pelo surf foi o que, de fato, incentivou Thati Gleise, idealizadora do projeto chamado “minas do surf”, a praticar o esporte. “O surf é muito difícil. Quem já tentou, sabe que até para ficar deitado numa prancha é complicado. O desafio de não conseguir fazer absolutamente nada no início, a não ser levar caldo, foi o que me estimulou, porque não consigo aceitar quando algo ou alguém impõe que não consigo. Então, eu continuei e fiquei indo várias vezes até aprender”, afirma a surfista.
Os esportes radicais mais praticados são rapel, paraquedas e trilha. A faixa etária dos praticantes varia muito e a Ação Vertical atende desde jovens de 18 anos até pessoas maduras, de 60 anos. O curioso, no entanto, é que cerca de 85% dos praticantes que procuram a empresa são mulheres e os homens representam apenas 15%. “O surf e os outros esportes radicais trazem um poder para a mulher, que a autoestima melhora, a mente e o corpo ficam mais leves. Então, acredito que somos maioria, porque essas atividades mexem, fisiologicamente, conosco e fazem nos reconectar com a natureza”, esclarece Thati.
Os esportes, na maioria dos casos, são saudáveis, podem ser praticados até por aqueles que têm necessidades especiais e apresentam uma série de benefícios para a saúde. Todo mundo sabe que a prática proporciona bem-estar, aumenta a força muscular, diminui o risco de doenças, melhora a flexibilidade e o equilíbrio, é estimulante, porque aumenta a adrenalina liberada pela corpo, gera o aumento de autoconfiança, potência e, ao final, relaxamento e realização pessoal.
Além disso, por serem atividades que mexem com o emocional e o psicológico, doenças mentais, como depressão e ansiedade, podem ser controladas ou até mesmo vencidas. “Muitos começaram a praticar para ir em busca da sensação de liberdade e prazer, mas acabaram indo além e curando doenças, como depressão”, explica João.
Apesar da liberdade, dos benefícios e das poucas restrições em relação à prática de esportes radicais, alguns cuidados são fundamentais ao escolher a empresa que irá proporcionar as atividades, porque as condições de segurança devem ser priorizadas. É importante ressaltar que pesquisas e recomendações são essenciais no momento da escolha do local. Além disso, antes da prática, é imprescindível checar as condições de saúde para confirmar se está saudável e apto para realizar atividades desafiadoras.
Para saber onde encontrar lugares em Pernambuco para praticar esportes radicais, confira o mapa abaixo:
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