Quais são as propostas dos candidatos a Governador de Pernambuco para o Esporte?

Com as eleições para governador do Estado se aproximando, é perceptível a movimentação dos candidatos em torno de um tema tão cultuado pela população e, consequentemente, potencial agregador de votos

Imagem: VEJA

Reportagem: João Rêgo e Mateus Cabral

Se o futebol é a maior paixão para 77% dos brasileiros (segundo pesquisa realizada pelo IBOPE), para o pernambucano é religião, principalmente quando praticada no seu território.

Com as eleições para governador do estado se aproximando, é perceptível a movimentação dos candidatos em torno de um tema tão cultuado pela população e, consequentemente, potencial agregador de votos. Para entender as propostas dos postulantes ao cargo, temos primeiro que analisar a situação em que se encontra o Esporte em Pernambuco, e o legado que será deixado pela atual gestão, em uma visão que não se restrinja ao futebol, mas aborde de forma total a prática esportiva.

A gestão, no setor de desportos, do atual governador Paulo Câmara (2014-2018), que tenta a reeleição, pode ser considerada, no mínimo, inconstante. Houve avanços nas partes socioeducativas e estruturais para esportes olímpicos e amadores, com a reforma de requalificação do Centro de Esportes, Cultura e Lazer Alberto Santos Dumont, em Boa Viagem, e com a ampliação das Academias da Cidade, projeto que leva equipamentos de ginastica e musculação para os principais bairros do Recife e Região Metropolitana.

Com a reforma do centro Alberto Santos Dumont, o projeto social Atletismo Campeão ganhou um espaço projetado para alcançar, inclusive, atletas de alta performance. "É muito bom ver um projeto socioeducativo com espaço e fôlego pra crescer mais ainda", ressaltou Elisângela Alves, mãe de um jovem atleta do projeto Atletismo Campeão, que recebe apoio do poder público e, também, da iniciativa privada.

Entretanto, o governo também foi o responsável pelo fim do programa de subsídio a ingressos para jogos de clubes do estado, o famoso ‘’Todos com a Nota’’ (TCN), decisão que vai direto ao encontro da paixão do pernambucano pelo seu time, e à acessibilidade na garantia de ingressos para públicos de baixa-renda.

‘’Era muito mais fácil, eu sempre guardava a nota fiscal pra trocar pelo ingresso. Saía muito em conta pra mim. Assistia a quase todos os jogos da temporada. Depois do fim do programa, continuo frequentando, mas menos que antes. Nos grandes jogos, por exemplo, o preço do ingresso aumenta muito e nem sempre eu tenho condições de pagar.’’ contou Matheus Martins, torcedor do Sport.

Os motivos alegados são variados e vão desde a falta de fiscalização à ‘’crise’’. A realidade é que, após o encerramento do TCN, a queda de público foi visível em todos os estádios, tanto na capital quanto no interior, muito também por conta de questões que, igualmente, dependem do estado, como segurança e transporte. No final, tudo isso diz muito sobre como a gestão lidou com a falta de recursos e consequentes cortes direcionados a áreas sensíveis, o que inclui o setor esportivo.

Isto posto, vamos aos candidatos à governador de Pernambuco e suas propostas para o Esporte - presentes nos seus programas de governo e mencionadas em entrevistas.